Durante uma solenidade realizada na última terça-feira (25/03), em homenagem às mulheres, as limitações estruturais do prédio da Câmara Municipal de Santa Luzia ficaram evidentes. O evento, que entregou a Medalha Mariinha Moreira para 20 homenageadas, expôs problemas antigos do espaço que abriga o legislativo municipal desde 1979.
Cada homenageada poderia levar até três convidados para acompanhá-la durante a solenidade, o que resultou em um número elevado de presentes. O plenário da Câmara, entretanto, não foi capaz de acomodar adequadamente todos os convidados, obrigando diversas pessoas a permanecerem nos corredores do prédio, muitas delas em pé durante toda a cerimônia. Além disso, muitos assessores parlamentares ocuparam espaço no plenário, produzindo conteúdo para redes sociais, o que contribuiu ainda mais para a falta de lugares disponíveis.
Além do desconforto com a falta de assentos, o ambiente ficou abafado e quente devido à superlotação e às condições precárias de ventilação. Apesar da alta temperatura, os dois aparelhos de ar-condicionado existentes estavam aparentemente desligados, restando apenas os ventiladores de parede para tentar aliviar o calor. Mesmo assim, muitos convidados demonstravam visível desconforto diante da situação.
O prédio atual, construído há mais de quatro décadas, já apresenta sinais claros de inadequação às necessidades atuais da Câmara Municipal. Atualmente, a Câmara conta com 21 vereadores, número que cresceu recentemente, passando de 17 para 21 em janeiro de 2025. Devido à falta de espaço físico, nem todos os parlamentares possuem gabinetes dentro do edifício principal, sendo necessária a utilização de um anexo improvisado.
Durante a legislatura anterior, um projeto chegou a ser desenvolvido com a proposta de construção de uma nova sede para o legislativo municipal no bairro Novo Centro, área considerada estratégica e com melhor infraestrutura. No entanto, até o momento não há sinais de que a construção do novo prédio esteja novamente em discussão.
A solenidade desta terça-feira expôs a necessidade urgente de repensar a estrutura física da Câmara Municipal de Santa Luzia. Além da falta de conforto, a situação também traz questões de acessibilidade, segurança e adequação às atividades legislativas que vêm crescendo na cidade. A expectativa é que o assunto volte ao debate público diante dos eventos recentes e da evidente necessidade de melhorias estruturais no legislativo municipal. A reportagem entrou em contato com a Câmara Municipal para esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.