Na manhã desta quarta-feira, 10 de julho, a Secretaria de Obras da Prefeitura de Santa Luzia viveu um dia agitado. A operação “Tudo Nosso”, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, visou desmantelar um esquema de fraudes em licitações. Como resultado, o secretário municipal de obras e um fiscal foram afastados de suas funções.
A operação envolveu a execução de 13 mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo a própria Secretaria de Obras e as residências dos investigados, situadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em João Pinheiro e em Goiânia. Além do secretário e de um fiscal, a esposa do secretário e vários empresários também estão sob investigação.
As apurações começaram após a identificação de indícios de enriquecimento ilícito por parte do secretário municipal de obras, cuja evolução patrimonial não condizia com o cargo que ocupava. A investigação contou com a quebra de sigilo telefônico, relatórios de inteligência financeira e investigações cibernéticas, que comprovaram a existência das fraudes.
Os contratos sob suspeita envolvem a Construtora Marins e BTEC Construções, que foram contratadas para realizar serviços de pavimentação asfáltica e poliédrica em logradouros públicos de Santa Luzia. Os valores dos contratos giram em torno de R$ 6 milhões cada.
Em resposta aos acontecimentos, o prefeito de Santa Luzia, Pastor Sérgio, divulgou uma nota oficial em seu Instagram, lamentando o ocorrido e repudiando qualquer ação criminosa contra o erário público. Ele enfatizou o compromisso com a moralidade e a legalidade na administração pública e informou que a Controladoria Geral e a Procuradoria Municipal foram acionadas para iniciar uma auditoria nos contratos da Secretaria de Obras, além de colaborar com as investigações externas.
O prefeito Pastor Sérgio afirmou que o trabalho na prefeitura continuará com foco em servir à população com ética e responsabilidade. Ele garantiu que os servidores afastados permanecerão sem acesso a suas funções e locais de trabalho até a conclusão das investigações, seguindo as determinações judiciais e administrativas.