O Governo de Minas Gerais, através do vice-governador Professor Mateus, anunciou na noite dessa quinta-feira (4/7) a construção do novo Terminal Santa Luzia. Com um investimento de R$ 24 milhões, a estrutura pretende melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No entanto, algumas decisões levantam questionamentos entre moradores e especialistas.
O novo terminal funcionará de maneira semelhante ao Terminal São Benedito, com linhas alimentadoras do sistema metropolitano. Era esperado que essas novas linhas fossem municipais, já que seus trajetos são inteiramente dentro de Santa Luzia. A decisão de mantê-las como parte do sistema metropolitano gera críticas, pois uma abordagem municipal seria mais eficiente e benéfica para os moradores.
Outro ponto de controvérsia é a localização do novo terminal. Embora o projeto contemple estações de transferência na Avenida do Carmo e na Avenida das Indústrias para atender os bairros mais afastados, o terminal deveria estar mais centralizado, próximo ao bairro Novo Centro. Este local, que concentra o encontro das três maiores avenidas do município, e seria ideal para facilitar o acesso e beneficiar um maior número de pessoas. Há espaços adequados no Novo Centro para a instalação do terminal, mas a falta de vontade política e o receio de realizar desapropriações de terrenos privados impediram essa escolha.
O secretário de obras de Santa Luzia relatou que ainda será feito o termo de referência do edital, o que indica que o processo licitatório pode demorar. Com uma previsão de dois anos para a conclusão das obras, é receoso que os prazos sejam ainda mais alongados, como ocorre em outros projetos de infraestrutura.
