Cruzeiro e Atlético empatam em clássico de 105 minutos

Isaac Daniel
Isaac Daniel 9 minutos

Reviravoltas, confusão, expulsões. Teve de tudo no clássico entre Cruzeiro e Atlético. No placar, ao final de 105 minutos foi de 2 a 2.

De: Hoje em Dia Esportes

Reviravoltas, confusão, expulsões. Teve de tudo no clássico entre Cruzeiro e Atlético. No placar, ao final de 105 minutos (isso mesmo, o segundo tempo foi até os 57 minutos)  2 a 2, com Matheus e Wallyson marcando para os celestes, e R49, uma pintura, e Leo silva para os Alvinegros. em um clássico tumultuado dentro e foram de campo. A arbitragem foi bastante criticada pelos atletas da Raposa e do Atlético.
Apesar disso, a intenção era exaltar um clássico disputado, na bola, com uma festa imensa dos torcedores e muitos gols. Mas o que se viu na partida entre Cruzeiro e Atlético, neste domingo, no Independência, foi uma partida tensa, confusa e com episódios lamentáveis dentro e fora de campo, apesar da emoção nos minutos finais.
Mas fora dele o dia já começou tenso, com atleticanos disparando foguetes contra cruzeirenses, a torcida celeste enfrentou policiais militares no Independência. Dentro da arena, os torcedores da Raposa atiraram objetos dentro de campo; três jogadores foram expulsos (Pierre, Bernard e Leandro Guerreiro) e o árbitro perdeu o controle da partida, ouvindo muita reclamação dos dois lados.
Na próxima rodada, no Serra Dourada, os cruzeirenses encaram o Atlético-GO na primeira rodada do returno. Já o Alvinegro segue em Belo Horizonte e, no Independência, enfrenta a Ponte Preta.
O JOGO
O clássico começou empolgante. Os dois times demonstravam muito vigor e disposição, buscando vencer cada dividida. O Atlético, mesmo jogando apenas com a presença de torcedores da Raposa, começou melhor. Nas jogadas de bola, lateral, faltas e escanteios, os atleticanos buscavam surpreender os celestes na jogada aérea. Com três zagueiros altos em campo, a defesa azul resistia.
Se o Galo insistia na técnica e no toque de bola, o Cruzeiro respondia com a dedicação na marcação e os lançamentos buscando o faro de gol de Borges e a velocidade de Fabinho. O sistema defensivo cruzeirense, bem postado e focado em anular dos principais criadores alvinegros, incomodava. Desta forma, o Galo teve que insistir mais nos cruzamentos, buscando, sobretudo, a cabeça de Jô. O atacante Fabinho, aos 14 minutos, em disputa de bola com Leandro Donizete e Júnior César, sofreu uma lesão no joelho esquerdo e teve que deixar o jogo. De maca, o jogador saiu bastante abatido e chorando. Wallyson foi escolhido para substituir o homem de frente.
A substituição surtiu efeito. Logo no primeiro toque na bola Wallyson mandou a bola para o fundo das redes atleticanas. O Cruzeiro fez boa trama pelo lado esquerdo, Everton cruzou rasteiro para área, de carrinho, o atacante desviou a bola para as redes, vencendo o goleiro Victor. Festa cruzeirense no Independência. O lado esquerdo celeste seguia incomodando o Atlético, Everton, Montillo e Tinga infernizavam Marcos Rocha e Danilinho.
O Galo, por sua vez, buscava nos lances de bola parada o empate, uma vez que tinha dificuldade em vencer a forte e voluntariosa marcação cruzeirense. O árbitro do confronto, um tanto quanto rigoroso, distribuía cartões amarelos para a Raposa: Borges, Lucas Silva e Leandro Guerreiro receberam advertências antes dos 25 minutos da etapa inicial. Pierre foi advertido pelo lado alvinegro.
Uma confusão já nos minutos finais deixou o clássico mais feio. Bernard e Matheus, aos 37 minutos, discutiram e outros jogadores acabaram se envolvendo. Marcos Rocha e Júnior César deram tapas naos rostos de Everton e Lucas Silva, respectivamente. O juiz apenas amarelou Bernard e Matheus, que deram início ao tumulto. Um relógio foi atirado no gramado pelos torcedores que acompanhavam a discussão. Aos 43, o Galo conseguiu sua melhor chance, Danilinho recebeu lançamento e cabeceou, desmarcado, mas a bola passou rente ao gol celeste.
Aos 47, quando o primeiro tempo parecia estar fadado a vitória parcial celeste, Leonardo Silva aproveitou desvio no primeiro poste e, de virada, colocou a bola no ângulo de Fábio, sem chance para o goleiro do Cruzeiro. O zagueiro comemorou bastante o tento, junto ao banco de reservas do Atlético, sendo abraçado por todo o elenco. Ao final da primeira etapa, cruzeirenses reclamaram do rigor dos cartões com o árbitro.
ETAPA FINAL
Mais retraído na parte final da etapa inicial, o Cruzeiro, após sofrer o gol nos acréscimos, voltou do intervalo mais ofensivo. Tinga e Lucas Silva eram os principais escapes da saída de bola da Raposa. Pelo lado atleticano, a ideia era aproveitar a velocidade de Bernard e Danilinho. Aos 5 minutos, torcida celeste atirou vários objetos dentro do campo, inclusive em direção ao juiz. Árbitro prometeu colocar na súmula o fato. Bernard, que foi pegar um dos objetos no campo, empurrou Leandro Guerreiro, que tentava evitar. Montillo foi próximo aos torcedores e pediu que eles deixassem o jogo transcorrer. Policiais foram destacados para perto do banco de reserva alvinegro para que utilizassem os escudos para conter os objetos atirados em direção aos atletas e comissão técnica do Galo. Alguns torcedores foram detidos pelos policiais e encaminhados à delegacia do estádio.
Os jogadores e o trio de arbitragem ficaram no meio do campo, esperando que o tumulto proporcionado pela torcida cruzeirense fosse solucionado. O jogo ficou paralisado por cerca de dez minutos. A Polícia Militar garantiu a continuidade da partida. Pela troca de empurrões, Bernard e Leandro Guerreiro levaram o segundo cartão amarelo e foram expulsos do embate.
Com as expulsões, Celso Roth pediu que seus volantes ficassem um pouco mais e evitassem a subida, guarnecendo a frente da defesa. Já o Galo perdeu sua principal arma ofensiva, uma vez que Bernard incomodava Léo e buscava as jogadas pela esquerda.
Com a sequência de fatos confusos, o ritmo do clássico diminuiu na primeira metade. Tanto Atlético quanto Cruzeiro perderam pique . O Galo estava um pouco melhor na parte final, mas pecava no passe final e não conseguia incomodar Fábio. Aos 40, a Raposa deu o troco em um lance de Borges, que ganhou a disputa com a zaga alvinegra e finalizou, obrigado Victor a realizar defesa milagrosa. Ao final, Pierre, por um pontapé em Montillo, foi expulso.
Ronaldinho Gaúcho, aos 45,  marcou um golaço. Em uma arrancada desde o meio de campo, o camisa 49 alvinegro passou por quatro marcadores e tocou no canto de Fábio. Uma obra de arte do jogador que foi duas vezes melhor do mundo, relembrando os tempos aúreos do atletas, que brilhou com a camisa do PSG e Barcelona. Na sequência, Montillo, em cobrança de falta, mandar a bola na trave, tirando a respiração de todos atleticanos.  Tinga, já nos acréscimos, finalizou de fora da área, a bola desviou na mão de Leandro Donizete e foi para fora, em lance duvidoso, com a Raposa pedindo penalidade.
A Raposa pressionava bastante em busca do gol, mas a bola teimava em não entrar em lances incríveis. No entanto, aos 56, em lance lindo de Montillo, Matheus desviou cruzamento do argentino para o fundo das redes de Victor. A torcida da Raposa foi a loucura no Independência, celebrando o empate em uma partida muito tensa, dramática. Os jogadores do Galo foram para cima do árbitro do confronto, lamentando os acréscimos na etapa final.

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Faço conteúdo para a internet desde 2011. Entusiasta de urbanismo, história e genealogia.