O aumento no número de animais peçonhentos tem preocupado os moradores do bairro Imperial, em Santa Luzia. Na última semana, um morador da avenida dos Manacás se deparou com uma cobra coral verdadeira circulando em plena rua, aumentando a sensação de insegurança entre os vizinhos. O registro chamou atenção não apenas pelo risco, mas também por reforçar um problema antigo da região: o acúmulo de lixo e o mato alto em lotes vagos.
De acordo com relatos de moradores, o aparecimento de escorpiões também tem sido frequente, principalmente nas áreas próximas a terrenos abandonados. O cenário, segundo os moradores, está diretamente ligado à falta de limpeza e fiscalização. “Tem muito lixo, entulho, restos de móveis, além do mato que já passa da altura do muro em alguns lotes. Isso atrai bicho e ninguém toma providência”, afirmou um residente que preferiu não se identificar.
A situação se agrava na própria avenida dos Manacás, onde uma cratera aberta em trecho da via vem servindo como ponto irregular de descarte de entulho e lixo doméstico. A denúncia já foi feita por moradores, mas, até o momento, não houve intervenção da prefeitura. O buraco, além de dificultar o trânsito local, tornou-se mais um fator de risco, favorecendo a proliferação de insetos e pequenos animais.
Especialistas alertam que terrenos com acúmulo de lixo e vegetação alta criam ambientes propícios para a presença de cobras, escorpiões e outros animais peçonhentos, principalmente durante os períodos mais quentes e chuvosos. “Esses animais buscam abrigo e alimento em locais desordenados, próximos a resíduos e entulhos. Quando se aproximam das residências, aumentam os riscos de acidentes”, explica um biólogo consultado pela reportagem.
Como forma de prevenção, os moradores são orientados a manter os quintais limpos, evitar o acúmulo de entulho próximo às casas e vedar frestas e ralos que possam servir de entrada para os animais. Também é importante evitar manusear materiais de construção ou lixo sem o uso de luvas, e, ao identificar um animal peçonhento, acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros ou o serviço de zoonoses da prefeitura.
Enquanto aguardam ações mais efetivas do poder público, os moradores do bairro Imperial reforçam os pedidos por limpeza e fiscalização dos terrenos abandonados, temendo que novos casos ocorram. “A gente paga imposto e não vê retorno. Todo mundo aqui está com medo, ainda mais quem tem criança em casa”, desabafou outro morador.