De: O Tempo | CIDADE |
Irmãos da vítima, que não quiseram se identificar, disseram que ela morreu por causa de problemas cardíacos. “No dia do enterro, levaram a gente até o túmulo e ainda deixaram uma flor em cima para identificar. Só que aquele não era o jazigo da minha família”, contaram. No dia do enterro, a diretora do cemitério chegou a oferecer que fosse feita a exumação do corpo do pai deles, falecido em 1998, para a liberação de mais espaço. “A sorte é que a minha mãe não quis fazer, por que eles poderiam ter exumado o corpo de outra pessoa e, hoje, estariam tendo um problema ainda maior”, protestaram.
Os próprios funcionários do cemitério denunciaram a situação à família, de forma anônima. “Chegou ao nosso conhecimente por que até os funcionários se revoltaram, por que se dependesse da direção do cemitério poderíamos ter visitado, orado, em um túmulo de uma pessoa desconhecida”, lamentaram. A denúncia dos funcionários à família ainda dava conta de que a descoberta do erro e as transferências dos corpos teriam ocorrido mais de uma semana após o sepultamento.
Após tomar conhecimento do ocorrido, anteontem, os parentes foram procurar explicações. “A diretora assumiu que houve um erro, mas alegou que a troca de túmulo aconteceu menos de 24h após o sepultamento. Acontece que, antes de 5 anos após o enterro, não se pode remover o corpo sem autorização judicial”, falaram.
Os parentes da mulher registraram o boletim de ocorrência junto à polícia e o caso será apurado para que as providências em relação à administração do cemitério possam ser tomadas.